terça-feira, 24 de março de 2009

comanche
Mesmo com qualidades inegáveis e uma sofisticação elevada o Comanche acabou sendo cancelado em fevereiro de 2004 sob a alegação de que o exercito tinha prioridade de gastar as verbas disponíveis para comprar mais helicópteros UH-60 Blackhawks para repor perdas e desgaste. Aparentemente o sucesso dos veículos aéreos não tripulados também ajudou na decisão de se cancelar o Comanche, que seria muito mais caro de adquirir e usar na missão de reconhecimento, planejada para ele. O Comanche é um bom exemplo como mesmo para um país rico como os Estados Unidos podem ser influenciados pelo alto custo de seus sistemas de armas, fazendo com que programas de armas avançadas como o RAH-66 Comanche, sejam cancelados.
Acima: Esta é uma das mais recentes fotos tiradas do Comanche antes do término de seus vôos de teste. Notem as portas dos compartimentos de armas abertos, logo abaixo das entradas de ar para o motor.
FICHA TÉCNICA
Propulsão: 2 motores LHTEC T-800 LHT-801 de 1563 hp cada.
Velocidade máxima: 324 Km/h
Velocidade de cruzeiro: 306 Km/h
Alcance: 485 km com combustível interno e 2330 km com combustível externo
Razão de subida vertical: 432 m/min
Fator de carga: +3.5/ -0,5 G
Altitude maxima: 4566 m
Armamento: Um canhão General Dynamics XM-301 de 20mm, Misseis AGM-114 Hellfire, e mísseis Stingers ATAS contra helicópteros. Lançadores de foguetes Hydra 70 de 70 mm.
Acima: Deste angulo fica evidente a pequena area frontal do Comanche, o que o torna um alvo dificil de ser detectado mesmo visualmente.
Acima: Aqui temos um desenho em tres vistas do modelo inicial do Comanche.

ABAIXO TEMOS UM VIDEO COM UMA SELEÇÃO DE IMAGENS DESTE AVANÇADO HELICOPTERO DE COMBATE
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BOEING/ BELL V-22 OSPREY. Um mutante dos ares.


(foto) Stuart Schofield
DESCRIÇÃO
Para quem é entusiasta de aviação militar e tem o interesse em ler e pesquisar fotos dos diversos aviões e helicópteros militares, um avião, especificamente, não passa desapercebido. Este avião é o estranho Boeing/ Bell V-22 Osprey. Uma aeronave híbrida entre helicóptero e avião, com as principais qualidades de ambos. O V-22 possui um sistema de propulsão baseada em 2 motores basculantes funcionam na vertical quando o V-22 está decolando ou pousando, e para o avião passar ao vôo normal de cruzeiro, esses mesmo motores giram para frente, para que o V-22 ganhe velocidade e possa ser sustentado pelas próprias asas. Esse conceito de propulsão se chama tiltrotor. Assim o V-22, um avião de transporte, decola e pousa como um helicóptero, na vertical, mas voa a velocidades iguais a de um avião convencional sendo assim cerca de 50% mais rápido que qualquer helicóptero atual. O V-22 será construído para os Estados Unidos nas seguintes versões: MV-22, Corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos (US Marine Corp), onde substituirá os veteranos Boeing CH-46 Sea Knight; CV-22 para a força aérea que substituirá os Sikorsky MH-53 J Pave Low.
Uma das maiores vantagens do V-22 em relação aos helicópteros que ele substituirá é o seu alcance que representa mais que o dobro deles. Um MH-53 tem um alcance de travessia de 1100 km, Já o V-22 percorre 4476 km em travessia. Essa vantagem é fundamental para operações em lugares muito distantes e sem apoio.
Acima: Um CV-22 da USAF (Força aérea dis Estados Unidos) durante os testes de conversão do vôo pairado para o vôo normal. O Osprey revolucionará a capacidade de assalto das forças americanas.
A marinha dos Estados Unidos estava estudando a encomenda de algumas unidades de uma versão chamada HV-22B, para salvamento de combate, mas a marinha desistiu, pelo menos por enquanto dessa versão, mantendo seus MH-60 S Knighthawk nessa função. O V-22 é totalmente compatível com operação embarcado. Ele pode ser operado por destróieres de grande porte ou em navios de desembarque anfíbios. Sua asa é gira em 90º formando uma configuração retangular compacta, para poder facilitar o seu estacionamento nos hangares dos navios. A manobra de girar as asas nessas operações embarcadas leva 90 segundos, demonstrando uma rápida capacidade de uso a partir de sua condição parada.
Acima: Um MV-22 do USMC (Corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos), faz uma passagem em alta velocidade. Notem os motores em posição de vôo convencional a frente





Acima. Nesta bela foto, este MV-22 Osprey revela suas linhas diferentes. Notem o grande tamanho das helices deste avião.
FICHA TECNICA
Velocidade máxima:
555 Km/h
Velocidade de cruzeiro: 510 Km/h
Alcance: 1182 km (com 24 soldados) ou 4239 km (vazio)
Razão de subida vertical: 708m/min
Fator de carga: +3.9.
Altitude maxima: 7925m

carga: 24 soldados totalmente equipados, ou 9000 kg de carga interna. Externamente pode-se transportar 6400 kg de carga.
Armamento: Uma metralhadora calibre 12.7 mm (.50).

ABAIXO: UM VIDEO DE UMA DEMONSTRAÇÃO DO MV-22 OSPREY DURANTE UMA FEIRA AEREA

MIL MI-35 HIND. Um tanque voador em céus brasileiros


DESCRIÇÃO
Em recente visita do presidente da Federação da Rússia Dmitri Medvedev ao Brasil, foi revelado que o governo brasileiro tinha assinado um contrato de aquisição de 12 unidades do helicóptero de assalto Mil Mi-35M Hind, uma versão avançada de exportação do famoso helicóptero de combate Mil Mi-24 Hind. Era a conformação de uma suspeita que já circulava entre os interessados em defesa a algum tempo. Desde esse anuncio, tenho recebido inúmeros pedidos de leitores de que escrevesse um artigo sobre esse verdadeiro tanque de guerra voador. Sendo assim, atendendo a pedidos, vou descrever o protagonista dessa interessante novidade para nossa força aérea, o Mil Mi-35M.
Acima: O Mil Mi-35M2 usado pela Venezuela é similar ao modelo adquirido pelo Brasil, porém, a FAB solicitou que alguns dos avionicos fossem substituídos por similares de origem israelense.
O helicóptero Mi-35M é fabricado pela famosa fabricante russa de helicópteros Mil e deriva de um de seus produtos mais famosos o Mi-24 Hind. Na verdade o Mi-35M é a versão de exportação do modelo Mi-24V Hind E, um dos mais modernos Mi-24. O grande diferencial que faz do Mi-35 e toda a família Hind ser única é a capacidade de transportar 8 soldados totalmente equipados, além do forte armamento de ataque, que caracteriza helicópteros de ataque. Por isso o Mi-35 não pode ser considerado um helicóptero de ataque especializado uma vez que sua missão é mais ampla, cabendo assim, a classificação de helicóptero de assalto. O seu tamanho descomunal e seu desenho agressivo o fazem um dos helicópteros mais impressionantes já construídos, sendo chamado com frequência de “tanque voador”.
Acima: Deste ângulo pode-se ver o novo rotor de cauda em formato de "X" similar ao usado no helicóptero de ataque Mi-28 Havoc.
PROPULSÃO
O Mi-35M é propulsado por duas turbinas Klimov TV3-117VMA que desenvolvem 2200 Hp de potencia cada, que permitem ao Hind atingir a velocidade máxima de 324 km/h, desempenho este, simplesmente formidável se considerarmos que o Hind é um helicóptero consideravelmente mais pesado que outros helicópteros de ataque. Na verdade o Hind já teve o Record mundial de velocidade máxima para helicópteros durante algum tempo até ser superado pelo Westland Linx.
Existe um sistema dissipador de calor usado na saída dos motores do Hind visando melhorar sua imunidade a mísseis guiados por calor, além de lançadores de flares e chaffs (iscas de calor e de radar) que visam confundir mísseis que usam estes sistemas de guiagem.
Acima: Um dos grande desafios dessa aquisição pela Força Aérea Brasileira será manter uma boa disponibilidade desses helicópteros visto que a Rússia tem má fama de prestação de serviços pós venda.
SENSORES
O Mi-35M pode ser equipada com uma torreta multi sensor para designação de alvos e navegação GOES-342 TV/FLIR, ao lado esquerdo da cabine do atirador, composto por um FLIR (Forward looking infrared) ou visor de imagens infravermelhas, um telêmetro a laser e um sistema de imagem por TV. O Mi-35M é compatível com o uso de óculos de visão noturna completando suas capaciodades de operação a noite. Outros sistemas similares, como o fornecido pela Thales, podem ser usados no lugar do sistema russos dando uma boa solução para clientes que não estão acostumados com produtos de defesa russo. A África do Sul através de sua competente empresa Denel, também tem pacotes de modernização para o Hind, com capacidades similares ao encontrado sistema original russo, porém qualificando o Hind para uso de armamento especifico sul africano como, por exemplo, o míssil Mokopa, antitanque.

Acima e abaixo: Aqui podemos ver as cabines da frente e de trás do Mi-35. Embora não seja tão avançada quanto os modelos ocidentais atuais, ainda sim é uma evolução importante da engenharia russa frente aos modelos anteriores.

ARMAMENTO
O Mi-35M está, normalmente armado com um canhão de dois canos GSh-23L em calibre 23 mm com uma cadência de tiro máxima de 3600 tiros por minuto. O tambor de munição comporta 450 tiros. É interessante notar que este canhão é fixo, uma característica ímpar nesse tipo de aeronave, onde é comum ver canhões totalmente moveis. Em opção ao canhão de 23 mm pode ser instalado uma torreta com uma metralhadora Yakushev Borzov YAK-B 12,7 mm com 4 canos rotativo capaz de impor uma cadência de 5000 tiros por minuto. Com essa opção, o tambor de munição transporta 1470 cartuchos. Caso o cliente queira, pode-se ainda, instalar um canhão duplo Gryazev-Shipunov GSh-30-2 de 30 mm com 750 tiros disponiveis e uma cadência de 3000 tiros por minuto. As grandes semi-asas montadas na fuselagem do Hind, marca registrada desse helicóptero de grandes dimensões, podem transportar até 2400 kg de armamento variado. Normalmente são instalados casulos de foguetes de diversos calibres, sendo os mais comuns os do tipo UB-32 com 32 foguetes não guiados de 55 mm S-5, ou o lançador de 20 foguetes de 80 mm S-8.
Para combate antitanque, o Mi-35 pode ser armado com até 16 mísseis antitanque que pode ser o AT-6 Spiral (9K114 Shturm) com alcance de 6 km e guiado por radio, ou o míssil AT-9 Spiral 2 (9M120 Ataka V) com 6 km de alcance e guiado por radio. A vantagem do AT-9 é ser mais preciso e destrutivo contra blindados.
Acima: O armamento transportado pelos helicópteros da família Hind é extremamente pesado. Nesta foto podemos ver um arranjo com 8 mísseis AT-6 Spiral mais um casulo com 20 de foguetes de 80 mm S-8.


FICHA TÉCNICA
Propulsão: 2 motores Klimov TV-3-117VMA com 2200 hp
Velocidade máxima: 324 Km/h.
Velocidade de cruzeiro: 280 Km/h.
Alcance: 450 km.
Razão de subida vertical: 749,8 m/min
Fator de carga: +1,75 g
Altitude maxima: 4500 m.
Armamento: Um canhão de dois canos GSh-23L em calibre 23 mm ou uma metralhadora Yakushev Borzov YAK-B 12,7 mm com 4 canos rotativo, 16 mísseis AT-6 Spiral ou AT-9 Spiral 2 (Ataka) antitanque, 2 casulos com 20 foguetes de 80 mm ou casulos UB-32 de 32 foguetes de 50 mm, casulos lançadores de granadas.


SUKHOI SU-35 BM SUPER FLANKER. O temivel exterminador



INTRODUÇÃO
Para os leitores que acompanham os Blogs Campo de Batalha a mais tempo, já devem ter reparado que todas as matérias são assinadas por mim. A partir de agora estou abrindo o espaço do Blog para outros escritores que queiram escrever artigos sobre equipamentos de combate. Abaixo temos primeira matéria publicada no Campo de Batalha Aérea escrita por outro articulista. Essa matéria, foi escrita por Marcel Ribeiro De Castro, uma pessoa que, embora não o conheça pessoalmente, já o considero um amigo e que conquistou um grande respeito de minha parte por seu incrível conhecimento técnico sobre equipamentos russos, especialmente o super caça da Sukhoi, mais conhecido como Flanker. O artigo abaixo, foi escrito pelo Marcel e editado por mim, e tenho orgulho em dizer que considero um dos textos mais ricos em informações sobre o mais recente membro da família de caças Su-27 Flanker. O Caça em questão, Su-35BM Super Flanker, é o mais avançado caça já construído na Rússia, e certamente levará o nome Flanker para além da segunda metade deste século, graças as soluções de modularidade, propulsão, aerodinâmica e armamentos incorporadas ao mais poderoso caça convencional já construído.
Seja bem vindo ao Blog Campo de Batalha, Marcel!

Carlos Emilio Di Santis Junior
Por Marcel Ribeiro De Castro
DESCRIÇÃO
Um avião de guerra impressionante e fabuloso. Assim pode ser definida a família de caças derivados do famosíssimo e conceituado Sukhoi Su-27. Projetado para superar o também excepcional F-15 Eagle, este caça tornou-se o padrão a ser comparado. Com o fim da Guerra fria, e o desmantelamento da União soviética, as industrias bélicas russas lançaram-se em uma política extremamente agressiva de vendas de seus equipamentos bélicos com extremo sucesso, obtendo fundos monetários para seguir suas o pesquisas, bem como a globalização trouxe frutos extremamente benéficos, e excelente competitividade.
Acima: O caça Boeing (antes Mc Donnell Douglas) F-15C Eagle é, sem duvidas, o maior motivo de o caça Flanker existir. Este super caça entrou para a história como um dos melhores aviões de combate já construidos na história.
Os Russos também tiveram acesso a tecnologia antes só disponível, no ocidente e começaram a unir esta tecnologia a sua tecnologia, á sua extrema criatividade e engenhosidade de seus materiais bélicos, com as soluções já efetivas, eficazes, de seus materiais de uso militar. Um belíssimo exemplo disto é a família de caças do Su-27 Flanker, que supera não só o caça a que era destinado a combater (o excelente F-15 EAGLE) como os outros caças americanos e europeus de sua geração, Que tem missões similares (F-16 e F-18), como suas versões avançadas (Su-30mki/ Su-35) superam também as variantes avançadas destes caças e também os novos delta Europeus ,Rafale, EF-2000 JAS-39, não somente em combate direto, como e principalmente nos parâmetros globais.
O Único caça que derrota o Flanker , em combate direto, com consistência é o Lockheed F-22 Raptor que não é de sua geração, e custa 5-7x mais. Rápido, manobrável, fortemente armado com radares e sensores no estado da arte, versátil ao extremo, o Flanker é um parametro de comparação. O texto abaixo versa especialmente sobre a versão mais recente do flanker o Su-35BM Super Flanker. No entanto a maioria dos avanços do SU-35, podem ser utilizados nas outras variantes deste caça fantástico , sendo um exemplo de um caça versátil, moderno e com imensa capacidade de receber modernizações.
Su-35 BM Grulla. Um verdadeiro exterminador
Se hoje e ainda por 30 anos os Su-30MK devidamente modernizados, serão um verdadeiro pesadelo para todos os caças e meios inimigos não stealth devido a combinação de radar/ sensores/ motores e armamento ar ar e ar solo e aerodinâmica perfeita, capacidade de combate /, a OKB sukhoi preparou uma versão do flanker superior aos próprios familiares do flanker, e muito superior em todos os aspectos a toda e qualquer aeronave ocidental não furtiva, de grande desempenho no planeta hoje e no futuro. Trata-se do Su-35BM (grande modernização), o novo SU-35. Derivado do antigo SU-27M, (Su-35) ainda em operação na força aérea russa com pelo menos 5 unidades em uso (88,89,90, 703 e 709) no 237 regimento em kubinka.
Acima: Nesta imagem produzida por computador, podemos ver o novo Su-35BM com seu armamento ar ar e ar terra. O Su-35BM é o mais flexivel caça da familia Flanker.
Na realidade, o Su-35BM é uma aeronave completamente nova, com toda a tecnologia já testada nos 12 Su-35 (su-27M) e no Su-30MKI, sendo de acordo com a designação russa um caça de geração 4++. O caça já incorpora tecnologia de 5 geração, e será o padrão da força aérea russa até pelo menos 2016-2020 quando a 5º geração russa começa a ser produzida em números adequados . O caça foi apresentado muito recentemente na Maks 2007, e esperam-se os primeiros võos ainda neste ano de 2007, com a entrada em serviço prevista para 2009. O primeiro cliente será a força aérea russa e no estrangeiro, a Venezuela já demonstrou interesse acentuado no avião além do Brasil. O Su-35BM é também o passo lógico para todos os clientes do Flanker incluindo os que tem as melhores versões do SU-30, como a Índia e a Malásia, muito embora estes Flankers possam ser elevados para um padrão muito similar em futuro próximo. O Su-30MKI indiano, por exemplo, usará em 2011 o mesmo radar do Su-35BM para exportação, o IRBIS.
O Su-35BM tem como principais características, a altíssima performance e agilidade em vôo manobrado, capacidade supercruise, altíssimo desempenho no combate ar-ar a curta, média e longa distancia e ar superfície, disparando munição de precisão através de um sofisticado sistema de informação e de detecção de alvos de longo alcance, sofisticado sistema de defesa e guerra eletrônica, acentuada redução na assinatura por radar/ térmica, fusão de sensores, computadores de alta velocidade e sensores de alta potencia. Também carrega 1,5 toneladas a mais de combustível(11,5 TON), do que as variantes comuns do Flanker.

Agora, imagine poucos Flankers e muitos caças como na figura acima. Imagine que são missões de médio e longo alcance. Os 4 Flanker tem muito mais combustivel individualmente do que um caça pequeno.É muito fácil perceber que mesmo sendo bimotor, com um custo maior , cada um dos 12 caças vão gastar muito mais em peso de combustível do que os Flankers em peso de combustível no final da missão e que a soma dos custos de hora de võo de 14 aeronaves sendo 12 reabastecidas 2x cada uma na ida e mais 2 x vezes na volta é muito maior do que de 4 Flankers que não precisam deste tipo de apoio mesmo que custos de bimotores sejam maiores na hora de võo. A distancia de custos operacionais é estratosférica a médio e longo prazo no conjunto. A menos que seja uma força aérea densa, de paises pequenos (ou para proteger áreas pequenas) e com grande estrutura , caças pequenos não valem a pena.Você necessita de muitos caças, que precisam proteger muitas aéreas com muito apoio o tempo todo. E muitas instalações e bases aéreas precisariam ser construídas. Isto é que é pesadelo logístico! Mesmo se o Flanker for mais complexo de manter ainda assim a diferença é cristalina. O mesmo vai ocorrer se pegarmos aeronaves médias, birreatores como Rafale, F/A-18E ou Typhoon e o mig-35 ou caças médios monomotores como o F-16, o J-10 ou um grande birreator F-15 Eagle...Para chegar ao raio de ataque do flanker eles também, vão precisar de tanques extras de combustível e pelo menos um reabastecimento em Vôo na ida e 1 na volta . precisando de tanques extras, vai penalizar a sua carga de armas que é já é menor que a do flanker (o Eagle sofre menos com o problema da carga, e pode carregar até mais armas, conforme a situação) aumentar o arrasto e consumir mais combustível ...E o problema continua. Pense na quantidade de meios necessários para defender efetivamente áreas como a Amazônia, a costa brasileira,a chinesa e a australiana, o meio oeste americano a Sibéria , a Rússia ou a China, por exemplo, com caças de pouco alcance, como o Gripen ou o Mirage 2000, ou de médio alcance como o F-16 e o Rafale. Um caça como Flanker pode cobrir uma área 9x maior do que caças pequenos e 3 ou 4 x maior que um médio.
Acima: Nesta foto temos um Su-27SK durante apresentação em uma feira aérea. O Su-35BM se parece muito com a versão inicial do Flanker, porém com um controle FBW mais avançado, e motorização mais potente com TVC (Vetoração de empuxo).
Lembrando sempre que dos paises citados se diferenciam do Brasil, por que o Brasil não tem tantas bases aéreas e aeronaves REVO, para isto e os outros tem. Seriam necessárias a aquisição de 5 vezes mais caças leves do que de pesados ou pelo menos 3x mais caças médios em uma hipótese otimista.
O Flanker é mais barato de adquirir individualmente, e seria adquirido em menores quantidades, o que também vai baratear futuras modernizações, pelo simples fato de que modernizar 100 caças é mais barato do que fazer isto em 600 ou mais. E é tecnologicamente muito avançado. Não é a toa que a Rússia, os EUA e as nações com grande costa marítima, como as do sudeste asiático tem Flankers e Eagles como caças primários. E os EUA tem um mix caças de longo alcance, e médio alcance... compensa muito mais. A China parte para o mesmo caminho. A India anunciou requerimentos para um caça de médio alcance para atuar com Su-30 MKI, e complementar seus os migs-29 e mirage 2000. A Rússia usa dois caças de longo alcance e quer aumentar a capacidade de combustível de seus Mig-29 e usar um de médio alcance como o mig-35. Os fabricantes ocidentais de aeronaves costumam publicar o alcancede suas aeronaves colocando seu alcance considerando normais grandes tanques de combustível externos. O Typhoon por exemplo é reportado como tendo alcance(raio de combate ) de 1300km,. dado que sugere uma similaridade de desempenho próximo ao do Flanker de 1985 reportado em 1400-1500 km. O que eles não contam para você, é que os Typhoons usam 2 grandes tanques de combustível externos com mais de 2000kg em combustível para obter este alcance. Um Typhoon leva, então, apenas 4000 kg em armas, ou menos (ao invés de 6000 kg em missões de médio/ longo alcance ), metade da carga de um Flanker. Os fabricantes de Rafale, F/A-18E e F-15 entre outros usam normalmente o mesmo expediente. Se o flanker usar tanques externos ou Revo, como os caças ocidentais fazem e não dizem, saindo do Brasil, vai parar na África!!! Os dois primeiros Su-30 MKV que a foram entregues a Venezuela, e passaram pelo Brasil fizeram um vôo Moscou- Recife com 2 Reabastecimentos em vôo! O Flanker, sempre terá “turbinas a menos” para carregar em missões de médio e longo alcance em guerra, o que é ótima noticia para paises, com grande área de atuação como por exemplo o nosso. Caças de grande alcance e capacidade de combate casos específicos de F-15+ e variantes avançadas do flanker, ganham concorrências no sudeste asiático também por esse motivo.Como se não bastasse a capacidade de combate superior e alcance superior, de ambos sobre qualquer caça médio, o Flanker ainda é mais barato e você pode desenvolver a sua industria aeronáutica Ao contrario do que pensam muitos entusiastas, a indústria russa esta priorizando produção seriada para tempo de paz, como no ocidente, valorizando a resistência de componentes .Um exemplo as turbinas AL-31FP que equipam o Su-30 MKI indiano podem ter vida útil de 7500 horas se modernizadas adequadamente para o padrão AL-31FM3. O cliente usa somente 12500kg de empuxo em tempo de paz, ao invés dos 14.000kg que ela proporciona no totalA guerra fria acabou faz muito tempo, e os russos adaptaram-se rapidamente, tirando proveito da situação.



CELULA E REFINAMENTOS
O Su-35BM monoplace lembra muito o SU-27S. Ele não tem cannards, como os Su-27M e o Su-30MKI ou o Su-33. Seu cone de cauda é menor, seus flaperons são grandes e o Su-35BM tem grandes entradas de ar.



o Flanker de “cruzador espacial pesado”. É por sua qualidade.
FICHA TECNICA
Velocidade de cruzeiro:
mach 1,6, com al- 41F
Velocidade máxima: mach 2,25
Razão de subida: 16800 m/min
Peso/Potência: variável depende peso na aeronave de seu combustível em combate e da motorização do caça. Até 1.5 com a motorizaçao atual
Fator de carga: 9 Gs
Taxa de giro: 30º/s
Razão de rolamento: 240º/s
Raio de ação/ alcance: 1580 km/ 3600 km
Alcance do radar: Tikhomirov NIIP Irbis-E com 400 km de alcance para caças e 200km no modo ar solo
Empuxo: 2 X Lyulka AL-41F com 17500 kgf de empuxo
DIMENSÕES
Comprimento: 21,9 m
Envergadura: 15,3 m
Altura: 5,9 m
Peso: 25,3 toneladas (na decolagem com 2 R-77 e 2 R-73)
ARMAMENTO
Ar Ar:
Míssil R-73 Archer, missil R-27 Alamo, Missil R-77 Adder, missil KS-172, missil R-37 Arrow
Ar Terra: Míssil Kh-59, missil Kh-31, missil Kh-35, missil Kh-29, missil Moskit/ Brahmos, missil PJ-10, missil Kh-145 Kickback, missil Kh-55, missil Kh-65, Bombas guiadas Kab (todas as versões), Bombas convencionais FAB (todas as versões)
Interno: Canhão GSH-30 de 30 mm.
ABAIXO TEMOS UM VIDEO COM UMA DEMONSTRAÇÃO IMPRESSIONANTE DE UM SU-27 UCRANIANO.

ABAIXO TEMOS OUTRO VIDEO APRESENTANDO UMA ANIMAÇÃO DAS CARACTERISTICAS E CAPACIDADES DO NOVO SU-35BM


LOCKHEED MARTIN F-16C BLOCK 52/ 60. Os novos Falcons


DESCRIÇÃO
O F-16 já entrou para a história no mundo da aviação militar mundial com um marco da mudança de postura dos projetistas de caças. Esse caça foi desenvolvido em 1978 para concorrer contra o então F-17 Cobra, que depois de aperfeiçoado se tornaria o F/A-18 que conhecemos hoje, para um novo caça leve para luta em céus abertos que deveria ser barato e dar apoio aos bem mais caros F-15 Eagle. Porém com o passar dos anos, inúmeros aperfeiçoamentos foram incorporados a esse caça tornando ele mais caro e mais capaz também. Hoje em dia o F-16 possui um invejável índice de vitórias no combate ar ar de 71 X 0. Esse caça nunca foi derrubado em combates ar ar real. O F-16 já foi derrubado por mísseis antiaéreos, mas nenhum relato confirmado existe de uma derrubada desse caça. Existe um boato não esclarecido a respeito de um F-16C turco que estava voando em águas gregas e teria sido derrubado por um Mirage 2000 daquela força aérea, mas nunca houve uma real prova desse fato.

Acima: O F-16C Block 52+ recem adquirido pela Grecia durante voo de demontração. Notem os tanques conformais CFT acima dos bordos de ataque.
O F-16 desempenhou muito bem suas tarefas, durante as guerras em que foi usado, mas o tempo passou e novas ameaças foram aparecendo, colocando a capacidade do F-16 e cheque. Para isso a Lockheed criou o F-16C Block 50/52 usado pelos Estados Unidos e seus aliados e o F-16E Block 60 que foi adquirida pelos Emirados Árabes Unidos e é hoje, a mais moderna versão deste caça. Nessa versão, foram colocados tanques conformais CFT que aumentaram entre 25/30% o alcance desse caça dando a ele a possibilidade de chegar a mais de 1000km sem os tanques externos transportados nas asas. Esses tanques podem ser instalados no F-16 Block 52+, que é uma versão mais "light" do F-16E Block 60. Além dessa melhoria, foram instalados sensores infravermelhos e de contramedidas eletrônicas internamente liberando o F-16 de transportar pods que comprometem a aerodinâmica do avião e sua capacidade de armas.

Acima: Um F-16E Block 60 do emirados Arabes Unidos faz uma passagem baixa durante sua apresentação. Notem acima do nariz do avião o sensor infravermelho que equipa esta moderna versão do F-16.
O radar do F-16C block 50 é o AN/APG-68 (V)9 que possui um alcance de 180 Km o que representa 30% mais alcance que a versão anterior AN/APG 68 (V)2. Por sua vez, o F-16E Block 60 usa um novo radar AN/APG-80 Agile Beam AESA com 160 km de alcance que permitirá um desempenho equivalente, incluindo a varredura ar ar a ar terra simultânea, aos novos caças de 4º e 5º geração que estão entrando em serviço. Ambas as versões 50+ e 60 também contaram com um novo motor F-110-GE-132 com 16100 kgf de empuxo, mantendo assim o desempenho que poderia ser perdido pelo aumento de peso dos tanques de combustível.
Acima: Um F-16C Block 50 acelera violentamente para cima em uma manobra agressiva. O F-16 é um dos caças mais ageis da USAF (Força Aerea Dos Estados Unidos)
Com relação ao armamento, o F-16, desde o início de sua carreira foi um avião extremamente flexível, e aceita, praticamente, todas as armas disponíveis no arsenal americano. Além disso, ele é compatível com muitas armas de outras procedências. Mais recentemente, o F-16 passou por uma atualização e hoje é compatível com as munições guiadas por GPS como as bombas JDAM e JSOW, que permitem atingir alvos distantes de 25 km (JDAM) até 200 km (JSOW propulsada). Esses armamentos permitem uma capacidade “Stand Off” onde o avião consegue atingir seus alvos, fora do alcance das defesas antiaéreas inimigas.
Acima: Uma maquete de um F-16F Block 60. Os tanques conformais permitiram um incremento em mais de 20% no alcance deste avião.
O F-16 de nova geração é uma aeronave completamente diferente daquela que voou em 1978, sendo a atual, muito mais capaz e eficiente, porém deve-se lembrar que ainda sim, trata-se de uma aeronave com um projeto de quase 30 anos e por isso não se pode esperar que o F-16 seja superior a os caças de 4ºgeração que estão entrando no mercado como o Rafale ou o Typhoon, que possuem uma aérodinamica atualizada e bastante manobravel, além de novos sensores.
Acima: Um F16C Block 50, manobra violentamente e produz os vortices de condensação. Sempre um efeito impressionante.

FICHA TÉCNICA DE DESEMPENHO
Velocidade de cruzeiro: mach 0.90
Velocidade máxima: mach 2
Razão de subida: 15240m/min
Potência: 1.13
Taxa de giro: 24º/s
Razão de rolamento: 270º/s
Raio de ação: 925km/ 1850km
Alcance do radar: 160km
Empuxo: 16100kgf
DIMENSÕES
Comprimento: 15,03m
Envergadura: 10,00
Altura: 5,09
Peso: 8494kg
ARMAMENTO
Ar Ar: Míssil AIM120A/B/C Amraam, MICA, AIM 9Sidewinder, Magic 2, AIM7 Sparrow, Sky flash.
Ar Terra: Míssil AGM 65 Maverick, AS30L, AGM119 Penguin, Harpoon, AGM88 HARM, AGN45 Shrike, Durandal, M130, Bombas GBU24 Paveway 3,, GBU10Paveway 2, GBU 12 Paveway 2, GBU31/32 JDAM, AGM154 JSOW, Míssil JASSM,AGM142 Popeye.
Interno: 1 canhão M61A1 Vulcan de 20mm

ABAIXO, UM VIDEO DO F-16C BLOCK 50 RECEM COMPRADO PELA POLONIA EM UMA DEMONSTRAÇÃO AÉREA

EUROFIGHTER TYPHOON II. Defendendo os céus da Europa


DESCRIÇÃO
O Typhoon será o novo caça de interceptação de muitos países europeus, começando pelos seus construtores, Inglaterra, Itália, Espanha, Alemanha. E também já foi encomendado pela Arabia Saudita.O Typhoon assumirá a posição de vários aviões de combate, sendo eles o Panavia tornado IDS/F3, o F4 Phanton alemão, O F104 starfighter italiano e o Mirage F1 Espanhol, e isso dá para se ter uma idéia da responsabilidade que esse novo caça terá que levar em suas costas. Esse avião sofreu de pesados obstáculos políticos e financeiros durante seu desenvolvimento já que seu valor de célula é bem salgado estando em torno de U$60.000.000,00 por unidade. Mas passada a tempestade esse caça já está com encomenda feita pelos 5 países citados no começo desse trabalho.


Acima: Um Typhoon acelera com o pós combustor a plena potencia para mais uma missão de treinamento. A relação peso potencia do Typhoon está em 1.15, permitindo acelerações muito rápidas.
O Typhoon foi concebido para a alta manobrabilidade e elevado índice de potencia para se dar bem em combates aéreos fechados, e também está equipado para superar seus inimigos em combates além do alcance visual (BVR), através de seu radar ECR-90 que é capaz de apresentar 12 alvos mostrar qual é o mais perigoso, e atacar 8 simultaneamente com mísseis AIM 120 Amraam ou o novo míssil Meteor que tem alcance de +100km. O ECR-90 possui um alcance máximo de 370 Km contra alvos grandes como um avião AWACS ou 175 Km contra alvos do tamanho de caças. Apesar de tudo isso é interessante notar que o radar ECR-90 é de varredura mecânica como os radares atuais, mas existe um programa anglofrances para o desenvolvimento de uma antena de varredura eletrônica ativa (AESA) que será usado pelo Typhoon e pelo Rafale frances na futura versão F-3. Esta nova antena está sendo desenvolvida dentro do programa AMSAR, que dará melhores capacidades de combate ao Typhoon e para o Rafale também. Além do radar, também está instalado um sistema IRST Pirate para detecção passiva e designação de alvo para armas, similar aos instalados nos caças russos e no rafale. Trata-se de um importante sistema de detecção já que permite uma saída para eventuais inimigos Stealth que possam surgir. Além disso , esse sistema pode ser usado no combate fechado dando a referência para o disparo dos mísseis off boresight. esse sistema está integrado ao capacete do piloto que, como os caças russos, só precisa olhar para o alvo, selecionar o míssil e disparar.No combate aéreo fechado as armas que podem ser usadas pelo Typhoon são os mísseis sidewinder ou os novos mísseis Asraam e IRIS-T com capacidade de engajamento de alvos que estejam a 90º em relação a cauda do inimigo.
Acima: Os Typhoon biposto foram os primeiros a serem entregues para as 4 forças aérea participantes do consórcio devido a necessidade de treinar os pilotos na nova aeronave.
O Typhoon é uma aéronave multifunção e por isso transporta armas ar terra também.E entre as armas mais interessantes, está o míssil brimstone, que é um míssil ar terra baseado no Hellfire americano e que pode ser usado contra veículos e alvos fortificados a um alcance de até 32 km. Além desse míssil o Typhoon pode ser armado com mísseis anti-radar Alarm que são guiados pelas ondas de radares do inimigo. O alcance do Alarm é de 45 km.
O novissimo míssil de cruzeiro Storm Shadow é outro trunfo do Typhoon. Este missil tem uma ogiva de 450 kg de alto explosivo (HE) a um alcance de 250 km. O armamento interno do Typhoon é o potente canhão Mauser BK-27 de 27 mm, do mesmo tipo que o usado no caça JAS-39 Gripen. Este canhão consegue uma cadência de tiro da ordem de 1700 tiros por minuto, e o Typhoon transporta 150 tiros.






FICHA TÉCNICA DE DESEMPENHO
Velocidade de cruzeiro: * mach 1
Velocidade máxima: mach 2
Razão de subida: * 15240m/min
Potencia: 1.15
Fator de carga: 9 Gs
Taxa de giro: 31º/s
Razão de rolamento: 240º/s
Raio de ação/ alcance: 1390km/ 2780km
Alcance do radar: 175km
Empuxo: 2X EJ-200 com 9200kgf cada
DIMENSÕES
Comprimento: 15,96m
Envergadura: 10,95m
Altura: 5,28m
Peso: 11000kg
ARMAMENTO
Ar Ar: mísseis AIM120 Amraam, Meteor, Sidewinder, Asraam, IRIS-, Sidewinder, Asraam, IRIS-T
Ar terra: mísseis Storm Shadow, Taurus MAW, Brimstone ( Hell Fire) Bombas Guiadas a laser.
Interno: Um canhão Mauser MK 27 de 27 mm.


JAS-GRIPEN


DESCRIÇÃO
O Gripen é o mais leve dos caças de nova geração que estão entrando em operação nesse início de século, sendo projetado desde o início como uma plataforma totalmente multifuncional desde o primeiro risco no papel. Os caças atuais como o F-16, ou o F-18, também são multifuncionais, porém para cumprir uma missão de ataque com todo o potencial da aeronave, eles têm que colocar certos módulos específicos dos aviônicos de forma que um avião preparado para atacar alvos terrestres terá uma certa capacidade de combate aéreo, e vice versa. Com o Gripen isso não acontece porque tudo que você precisa está lá, voando com você, bastando apenas teclar certos botões para mudar de missão. Essa capacidade é sem precedentes e com certeza uma excelente vantagem tática e comercial, facilitando um melhor custo benefício dessa aeronave no mercado internacional.
O Gripen está equipado com um motor Volvo RM-12 que, na verdade é uma versão do motor General Eléctric F-404 usado nos caças F/A-18 Hornet dos Estados Unidos. este motor proporciona um empuxo de 8050 kgf, sendo um pouco mais potente que a versão orginal norte americana. Este motor é extremamente confiavel e permite acelerações bruscas sem que apareçam problemas
Acima: Um Gripen solitário voa sobre uma caracteristica paisagem suéca. A agilidade dos sistemas do Gripen impõe uma forte dissuasão estratégica para a Suécia.
Outra grande vantagem do Gripen no mercado internacional é a capacidade de arma-lo com uma enorme variedade de armas de diversas origens. Assim você pode equipa-lo com mísseis Mica, se o governo americano vetarem a venda de mísseis Amraam para seu país, ou ainda mesmo, pode-se adapta-lo com mísseis R-77 russos. Essa capacidade é também única e o torna muito atraente no mercado de caças. A capacidade de manobra desse caça é muito boa também, sendo melhor que a do F-16, um dos seus concorrentes direto no mercado de caças. Na verdade, a configuração aerodinâmica tipo delta canard encontrada nos caças europeus de nova geração é bem eficiente no campo de manobrabilidade e agilidade, deixando para traz muitos aviões de combate modernos. Ainda sobre o armamento do Gripen, pode-se mencionar o poderoso missil antinavio Bofors RBS-15F, que é transportado aos pares. Com um alcance de 200 km e uma ogiva de 200 kg pre-fragmentada, pode por a pique a maioria dos navios de guerra conhecidos com um só impacto. Para combate ar ar de curto alcance o missil IRIS-T, que está em fase final de homologação, deverá ser o principal missil desse tipo a ser usado pelo Gripen. Atualmente o missil de curto alcance usado é o, já classico, Raytheon AIM-9L Sidewinder. Internamente o Gripen usa um canhão Mauser BK-27 de calibre 27 mm e com uma cadência de 1700 tiros/min, permite eficiencia contra alvos aéreos e blindados leves.
Abaixo: Temos dois infograficos do armamento ar terra e outro do armamento ar ar do Gripen

Do ponto de vista de aviônica, o Gripen dispõe de um radar multi-modo pulso-Doppler Ericsson PS-05/A, com look-down/shoot-down. O radar pode trabalhar em quatro modos ar-ar diferentes: a) track-while-search, rastreia e engaja múltiplos alvos aéreos; b) priority-target-tracking, maior precisão para alvos engajados, enquanto ainda rastreia outros alvos; c) single-target-tracking, modo ar-ar para uso do canhão, por exemplo e d) air-combat-mode, para detecção automática de alvos aéreos em combate. Em modo ar-terra, alvos tão pequenos quanto um automóvel podem ser rastreados a distâncias de 90 Km. A capacidade do PS-05 supera em três vezes a capacidade de procesamento do radar do seu antecessor, o PS-46, instalado no JAS-37 Viggen e com, apenas, 60% do volume deste. Mesmo esse radar sendo um bom equipamento, e com desempenho adequado, está em estudo a sua substituição, por um novo radar com varredura eletronica AESA, que aumentará, ainda mais, as capacidades de combate do Gripen.
Acima: Um dos primeiros JAS-39 D Gripen biplace construido para a Hungria durante um vôo de demonstração.
Mas as capacidades desse formidável avião não acabam ai. Ele dispõe do melhor sistema de transmissão e recepção de dados via data link existente no mundo. Através desse sistema, o Gripen pode operar com o radar desligado, apenas recebendo dados das posições inimigas dos outros caças, ou de terra, ou ainda de um avião AWACS. Assim ele se torna muito difícil de ser detectado pelo inimigo. Esse sistema foi copiado pelos americanos que instalaram um sistema similar no F-22 Raptor. O data link do gripen, permite que se abram novas possibilidades táticas para atacar ou interceptar um intruso, de forma que com as aeronaves atuais não é possível sem uma modernização.


Acima: Um Gripen sem cargas externas inicia uma curva durante uma feira aérea. Nessa foto pode-se notar o canhão BK-27 abaixo da entrada de ar esquerda.
O Gripen deverá receber um sensor IRST para designação e identificação passiva de longo alcance, permitindo um melhor aproveitamento dos novos mísseis off boresight que estão entrando no mercado atualmente. O Gripen é um caça que se usado corretamente, impõe uma forte dissuasão, inibindo potenciais inimigos a aventuras beligerantes contra sua nação.

Acima: Dois JAS-39 Gripens , voam configurados para uma missão ar terra. Notem os míseis RBS-15F e os misseis Maveriks, sob as asas.

FICHA TÉCNICA DE DESEMPENHO
Velocidade de cruzeiro: mach 0.9
Velocidade máxima: mach 2.0
Razão de subida: *15240 m/min
Potência: 0,83
Fator de carga: 9 Gs
Taxa de giro: 30º/s
Razão de rolamento: 220º/s
Raio de ação/ alcance: 800km/ 1600km
Alcance do radar: 90 Km
Empuxo: Um motor Volvo RM-12 com 8050 kgf de empuxo máximo.
DIMENSÕES
Comprimento: 14,1 m
Envergadura: 8,4 m
Altura: 4,5 m
Peso: 6622 kg
ARMAMENTO
Ar Ar: Míssil Mica, Amraam, Meteor, Sidewinder, Iris-T, Python 4, R73
Ar Terra: Míssil Maverick, RBS-15F antinavio, Bombas guiadas a laserBomba DWS planadora.
Interno: Canhão Mauser BK-27 de 27 mm.




Acima: Um desenho do JAS-39 Gripen N, oferecido a Noruega e a Dinamarca. Esta versão possui tanques de combustivel conformais CFT, um novo motor derivado do F-414 usado no F/A-18E Super Hornet e 2 pontos de cargas extras. Esta versão, caso seja construida, será um forte concorrente do Eurofighter Typhoon e do dassault Rafale.